quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Breve história do Movimento Estudantil

Por Priscilla Vasconcelos

O movimento estudantil universitário, no Brasil, tomou força a partir do final da década de 50 e tornou-se um importante fator político nos anos 60 e 70. Grandes quantidades de estudantes aderiram ao movimento, que tinha como principal objetivo expressar opiniões e reivindicações por meio de protestos.
Com essa voz ativa, capaz de persuadir as massas estudantis, o movimento crescia expressivamente, atingindo e influenciando, de forma direta, a política brasileira. Acelerou de forma exponencial o surgimento e a expansão de universidades e faculdades, contribuindo, também, para o crescimento intelectual do país.
O discurso dos líderes do movimento estudantil era, então, baseado na ideologia marxista. Com essa visão esquerdista, os estudantes saíram em busca de melhorias para o sistema de ensino superior. O início da década 60 foi marcado por uma das mais importantes reivindicações do movimento: a Reforma da Universidade.
Em 1964, com o golpe militar, o movimento estudantil foi fortemente reprimido. Desse modo, os protestos contra os governos militares foram o principal foco do movimento. A coerção política desarticulou o movimento, jogando na ilegalidade os DCEs (diretórios centrais estudantis), as UEEs (uniões estaduais dos estudantes) e a UNE (união nacional dos estudantes).
Na década de 70 houve uma reestruturação do movimento estudantil. No entanto, as reivindicações de caráter político foram as mais expressivas. Nos ano de 1992, os caras-pintadas foram às ruas das grandes cidades do país para protestar contra o governo de Fernando Collor de Mello. Aquele foi o último movimento estudantil significativo, da história do país.
Atualmente, parece que os jovens universitários desconhecem sua força e não se preocupam nem com a qualidade do ensino e nem com o futuro político da sociedade brasileira. As faculdades manipulam os alunos e os fazem reféns de uma situação que beneficia somente a elas próprias. Ao aluno apático resta abaixar a cabeça e digerir toda reclamação que porventura tenha para fazer.
É necessário que a comunidade dos estudantes universitários tome consciência de sua força e se organizem para saírem em defesa de seus próprios interesses. Somente dessa forma a força do movimento estudantil voltará a interferir de maneira significativa, tanto nas questões do ensino superior, quanto nas decisões políticas do país.

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