Agora, em 2008, 40 anos depois da Passeata dos Cem Mil, assistimos nova mostra do poder dos estudantes. Durante 14 dias eles ocuparam o prédio da reitoria na Universidade de Brasília (UnB), exigindo o afastamento definitivo do reitor Timothy Mulholland. A ação dos estudantes foi motivada por uma série de denúncias que envolviam o nome do reitor em corrupção e uso indevido das verbas da instituição.
Marina Leite, estudante de Serviço Social da UNB e integrante do DCE, acredita que a ocupação foi fundamental para garantir que Mulholland renunciasse ao cargo. “ A ocupação causou grande repercussão nacional, recebemos diversas visitas, entre elas a do senador Cristovão Buarque e a do senador Eduardo Suplicy. Érica Kokay acompanhou a comissão de direitos humanos até o local para garantir que os estudantes tivessem pelo menos água e luz ali dentro”.
Marina Leite, estudante de Serviço Social da UNB e integrante do DCE, acredita que a ocupação foi fundamental para garantir que Mulholland renunciasse ao cargo. “ A ocupação causou grande repercussão nacional, recebemos diversas visitas, entre elas a do senador Cristovão Buarque e a do senador Eduardo Suplicy. Érica Kokay acompanhou a comissão de direitos humanos até o local para garantir que os estudantes tivessem pelo menos água e luz ali dentro”.
Quando questionada sobre o fato de o movimento estudantil ter morrido, a estudante foi enfática. “O jovem não é apático, mas o movimento não se faz com uma só pessoa. Precisamos de entidades representativas que defendam nossos direitos”.
A participação estudantil em manifestações sociais e políticas parece ter tido maior destaque em momentos históricos que eclodiram de vinte em vinte anos. Primeiro, em 1968, com a Passeata dos Cem Mil. Em 1984, eles foram às ruas pedir pelas Diretas Já. Depois, em 1988, com a luta democrática por uma nova constituição. Em 1992, pintaram os rostos e exigiram o Impeachment de Fernando Collor. E em 2008, com as explícitas demonstrações de repulsa em relação aos escândalos financeiros em que a Universidade de Brasília esteve envolvida.
Em momentos cruciais para a democracia brasileira, os estudantes parecem conseguir driblar os problemas decorrentes da falta de organização e estrutura. Durante a ocupação da reitoria, por exemplo, agremiações estudantis de todas as regiões do país vieram somar esforços para o afastamento do reitor, contando, inclusive, com a participação de estudantes de entidades privadas como IESB e CEUB. As assembléias realizadas na reitoria chegaram a ter mais de mil alunos presentes.
Mas nem só pela política se faz o movimento estudantil. O DCE do CEUB, fundado em 1989, procura solucionar os problemas dos alunos e contribuir em questões sociais. “O projeto Universidade Social distribui semestralmente 100 bolsas parciais. Em troca, os estudantes contribuem na formação de crianças e jovens da periferia”, afirmou Carlos Eduardo Guimarães, atual presidente do DCE do CEUB. Hoje, o grande objetivo do DCE do CEUB é promover a integração dentro do Campus. São 15 mil alunos em 25 cursos. O DCE também é responsável pela organização de palestras e congressos, eventos que, entre outras coisas, promovem o pensamento crítico. A idéia é formar além de bons profissionais, pessoas preocupadas com a situação do país e com o bem estar do próximo.
Amanda Kalil, estudante do curso de jornalismo do Unicesp, tomou a iniciativa e está começando a constituir um DCE na instituição. Ela acredita que uma entidade que represente os estudantes é fundamental para facilitar o diálogo entre direção, professores, alunos e comunidade. “Durante a confusão entre os sócios, se existisse um DCE, os alunos não teriam ficado tão perdidos. Teríamos quem nos representasse, quem nos dissesse como agir, eles seriam nossos olhos e ouvidos. Acabamos confusos com a série de informações desencontradas”, afirmou a futura jornalista.
Por Fábia Pessoa
http://universidadesnagrua.blogspot.com/
Em momentos cruciais para a democracia brasileira, os estudantes parecem conseguir driblar os problemas decorrentes da falta de organização e estrutura. Durante a ocupação da reitoria, por exemplo, agremiações estudantis de todas as regiões do país vieram somar esforços para o afastamento do reitor, contando, inclusive, com a participação de estudantes de entidades privadas como IESB e CEUB. As assembléias realizadas na reitoria chegaram a ter mais de mil alunos presentes.
Mas nem só pela política se faz o movimento estudantil. O DCE do CEUB, fundado em 1989, procura solucionar os problemas dos alunos e contribuir em questões sociais. “O projeto Universidade Social distribui semestralmente 100 bolsas parciais. Em troca, os estudantes contribuem na formação de crianças e jovens da periferia”, afirmou Carlos Eduardo Guimarães, atual presidente do DCE do CEUB. Hoje, o grande objetivo do DCE do CEUB é promover a integração dentro do Campus. São 15 mil alunos em 25 cursos. O DCE também é responsável pela organização de palestras e congressos, eventos que, entre outras coisas, promovem o pensamento crítico. A idéia é formar além de bons profissionais, pessoas preocupadas com a situação do país e com o bem estar do próximo.
Amanda Kalil, estudante do curso de jornalismo do Unicesp, tomou a iniciativa e está começando a constituir um DCE na instituição. Ela acredita que uma entidade que represente os estudantes é fundamental para facilitar o diálogo entre direção, professores, alunos e comunidade. “Durante a confusão entre os sócios, se existisse um DCE, os alunos não teriam ficado tão perdidos. Teríamos quem nos representasse, quem nos dissesse como agir, eles seriam nossos olhos e ouvidos. Acabamos confusos com a série de informações desencontradas”, afirmou a futura jornalista.
Amanda avalia as possibilidades de implementação de um Diretório Central de Estudantes junto à direção do Unicesp. Neste primeiro momento a estudante procura mobilizar os estudante para participarem da criação de uma entidade que realmente os representem.
O movimento estudantil no Brasil não morreu, ele apenas busca outras maneiras de contribuir com a sociedade. Nos dias de hoje, onde as pessoas se tornam cada vez mais individualistas, mesmo as pequenas iniciativas devem ter seus méritos reconhecidos. O que falta, nos jovens é a consciência em relação à força que possui um movimento coletivo.
Por Fábia Pessoa
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